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E eu que sou o malandro

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A realidade não se igual ao cinema Nem tão pouco as vidas se desenham por poemas Aqui homens maus se dão bem Crianças conhecem a dor e a miséria O pobre aprende a ser ninguém Caso contrário é silenciado por uma alcateia Alcateia de homens irmãos de suas vítimas Como Caim matou Abel Estes se constroem abrindo feridas E assim, não importa o papel A lei ou escambau Por que no mundo real Na tevê ou no jornal Sou negro, sou pobre, sou marginal De vez em quando aparecem Esmolas doadas como se fossem flores Neste momento que crescem O ego dos homens que se dizem benfeitores E muitos ouvem, tantos acreditam Que no Brasil existe um diferencial Todos vivem, todos transitam Idolatram o mito, democracia racial E eu que sou o malandro Por negar o seu plano Que rebelde sou eu Por cobrar o que é meu?

Morto

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Estou morto Estou morto Agora pra mim acabou Estou  morto Estou   morto Vou me esquecer quem me  amou Agora irei partir Deitar na escuridão E  nunca mais sentir O vento, o calor e a paixão Estou morto Estou morto E  tudo pra mim acabou Meus olhos não mais irei abrir Não mais irei sorrir Pois estou morto Estou morto E tudo pra mim acabou So me resta agora Somente observar Enquanto me levam embora Para me enterrar Pois estou morto Estou morto E tudo pra mim acabou