O tempo
passa cada vez mais depressa
Liquidando
as memórias de um tesouro secreto
A vida vai
fazendo sua parte
Deixando
os rastros e apagando pegadas
Parece que
tudo vai de repente evaporar
E tudo o
que é sagrado vai simplesmente desmoronar
Pois para
tudo que é vivo um dia é chegada a morte
Entregando
os nossos destinos a mercê da sorte
Sem
certezas, sem tempo
Sem nada a
decidir
E apesar
de tudo
De toda a
estranheza do universo
Eu ainda
sinto você
Sinto como
se ainda segurasse as minhas mãos
Sinto como
se seu cheiro dissipasse no ar
Eu sinto e
não consigo parar de sentir
Somente
Deus sabe o quanto eu tentei resistir
Mas eu
ainda a vejo
Sem
filmes, sem fotos
Apenas em
ecos que vibram em minha mente
Basta
fechar os olhos
Basta
ficar bem quieto
Para
através dos seus
Eu
enxergar o mundo inteiro
Para andar
sobre um mar desconhecido
E com meus
dedos tocar no infinito
Como um
sinal de um milagre
Como a voz
de uma prece
Que gira
em nossas cabeças
Através
do silêncio e de uma sombra qualquer
São os
espelhos castanhos
Tão
distante, tão estranhos
São os
espelhos castanhos
Que não
param de me olhar
São os
espelhos castanhos
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