X

Eu sou assim
Um pouco de tudo, um tudo de nada
Uma fantasia adoidada criada por Deus
Sem era, nem beira
Sem teto, sem chão
Eu não entendo,
Quando me olho no espelho até me dói a visão
Pois ao mesmo tempo em que estou na luz
Eu vivo na escuridão
Não vivo por fronteiras, eu não tenho identidade
Sou um monstro, um demônio assim me vêem em toda parte
Eu só queria ser eu
E falar no silêncio
Eu queria gritar e dizer tudo que penso
Mas eu não lembro, eu esqueço
E o mundo me faz assim
Um tanto desajeitado
Um antagonismo certo de coisas incertas
Fútil, inútil, idealista, revolucionário
Eu sou a prova do misto, do doce com salgado
Eu sou a água com vinho
Eu sou o coringa do baralho
E nunca haverá no mundo um x equivalente a mim
Pois por mais que existam misturas
As minhas doses já tomaram o seu fim

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